segunda-feira, 17 de setembro de 2012

“AMOR SEM FIM” – (De Luiz Falcão)



Minhas páginas contam a história do amor verdadeiro...  Nelas eternizei você!
Encardidas... Desbotadas letras!
 Dizem desse amor que vence a distância... O tempo... A morte!
Descrevem meus sentimentos!
O registro da primeira vez que te vi...  Do nosso primeiro olho no olho!
Contam sobre o som da tua voz... Tuas palavras!
Cada gesto... Expressão... O teu sorriso!
Capítulos do Livro da minha vida!

 Os anos passaram... Eu mudei... Você mudou!
Tudo ficou diferente... Tudo... Exceto esse amor pungente!
Amor que me aquece... Com o toque das mãos tuas nas mãos nuas da minha alma!
Assim, escrevi a minha vida... Com você...  Protagonista desse meu amor!

O amor que não findou no silêncio da ausente presença tua...  A morte!
Lágrimas de saudade marcam as últimas linhas das minhas paginas!
E agora... No epilogo... Penso em cada momento que passamos juntos!
Nas histórias que vivemos no decorrer dos anos... Nos sentimentos tão intensos!
Nas vidas que por nossas vidas passaram... Nos afetos de tantos afagos!
Nossos filhos... Nossos netos amados!
Contemplo com os meus... Fixos nos teus... Olhos da alma!
Que nossa história... Nossas vidas... Não terminam no fim das minhas páginas!

Nas vidas que geramos... Perpetuar-nos-emos em outros volumes!  
Nos Livros de vidas descendentes... A nossa grande história... De amor sem fim!


Copyright: proibida a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a minha prévia permissão. Ass. Luiz Falcão.

sábado, 10 de março de 2012

Perdoa-me!


Perdoa-me!
De Luiz A. de L. Falcão

Um breve momento!
Foi o tempo que esperei,
Nem mais e nem menos,
Apenas isso e nada mais!
Como sempre... Impulsivo!

Lutei contra meus sentimentos... Lutei muito... E achei que venci!
Meu desejo era você... Meu amor... Meu tudo!
Não te dei chance de magoar-me outra vez!
 Quanto a mim?... Não conceder-te perdão, era tudo o que eu pensava.

Certamente não foi uma vitória!
É... Com certeza perdi!
Perdi a chance de dar-me a oportunidade de perdoar.
E no auge do meu furor assassinei a esperança.
Deixei órfã a alegria.
Tingi de púrpura minhas mãos!
Dilacerei meu coração, morri por dentro e cai.
O abismo me acolheu.
Em um manto negro mergulhei em uma tristeza eternal.
Luz!... Onde está a luz?
Que a luz retorne o sopro da vida!
Você é minha luz! Minha vida!

Gostaria que não fosse tarde de mais.
Voltar no tempo e fazer diferente.
Ser novamente!

Ah! O olhar teu!
E a voz tua?... Melodia!
A tua lembrança perturba-me!
Amo-te como a primeira vista!

Por não ter-te amado suficientemente... Perdoa-me!

Perdoa-me!

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sexta-feira, 2 de março de 2012

Areias do Tempo


Sobre lembranças e saudades, a mente devaneia no vórtice do tempo.  Escorre na face... Marca sulcos profundos... Erosão... Constante, progressiva!
Palmeiras balançam ao vento em outro tempo... Outro lugar!  Faz sorrir... Faz chorar! Me trava nas imagens de outrora... Sentimentos nostálgicos de então! Brinco com a vida... Jogamos mutuamente em um mundo de inconsequências infantis. Sem medos, sem arrependimentos, sem pensar em perigos!  Foi-se o tempo... Foi-se... Que pena! Agora os dias passam mais depressa... Rápidos vão-se os anos!  A areia escorre na ampulheta da vida! Mais da metade dela desceu em direção ao esquecimento!  O sono profundo se aproxima! Descanso eterno das lembranças nos últimos grãos de areia! Modernas experiências formam novas imagens de esperança. No torpor da consciência sobreviverá nossa memória... Nossa existência!
Os desejos, em curtos lampejos de imagens de dias idos. Dos corpos moídos nas mós de longos dias ancestrais...  Devagar, sem pressa, na agonia da espera, no descer das pálpebras cansadas... No silenciar de um coração!
A vida foi-se... Foi-se... Que pena!

De Luiz Falcão em 02 de março de 2012

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

" QUEM PRECISA VIVER PARA SEMPRE? "

Só precisei te ver um instante!
Foi como se o tempo parasse para ver esse momento.
Pela primeira vez ele, o tempo, não importava.
Nesse instante o tempo não ficou só e nos tornamos parte da eternidade.
Ele... Que tudo deixa para traz, nos arrebatou para si.
Foi como se para sempre flutuássemos em um interminável segundo.
Na ires dos teus olhos eu me vi sorrindo...  Puro prazer!
Na umidade dos teus lábios matei com fúria toda minha sede... Na tua saliva banhei-me!
Teu suor... Meu ungüento!
Teu cheiro... Meu perfume!
Teu toque... Meu alento!
Tua voz... Minha musica... A doce melodia com a qual dancei!
Dancei com o corpo... Com a alma!
Quais os que procuram... Encontrei!
No teu corpo me perdi sem errar o rumo...  Segui como os que seguem as corredeiras!
Percorri cada linha... Cada traço do teu corpo inteiro!
Como os de um cego... Os meus afagos!
Meus braços como um manto te envolveram!
Das mãos minhas... Suave caricia!
Teus seios intumescidos de prazer... Meus olhos cheios de desejo!
A minha boca na boca tua, ardia de paixão!
Eu... Vivi!
Quem precisa viver para sempre?
Se mil vidas eu tivera... Em nenhuma teria amado tanto!
Apenas um único... Incrível... Precioso instante!
Eterno segundo!
Pintei na memória o teu sorriso... Gravei na alma o teu olhar!                                                      
Teus gestos... O jeito de andar!
Ah!... Quem precisa?...
Respondam-me, aqueles que nos viram,
Os espíritos amantes que em silencio se fizeram cúmplices dos nossos sussurros!
Por favor... Digam-me!
Aquele eterno instante é o lugar aonde eu vivo!
Ali finquei como carvalho minhas raízes!
Nos ninhos dos meus galhos eu te escondo... Te protejo!                                                         
Guardo segura essa lembrança!
Mesmo não vivendo para sempre... Pelo tempo que viver os carvalhos aquele momento viverá em mim!
Mesmo que o amor não seja eterno... Eternos serão cada um dos segundos daquele instante!
Serão eternos enquanto a seiva vermelha correr pelas raízes que finquei em ti... Meu doce momento!